Obstáculos à felicidade

O doutor em psicologia e professor Luiz Hanns, no canal da Casa do Saber, traz algumas ponderações no que se refere ao que pode atrapalhar nosso projeto de felicidade que, de tão interessante, vou parafrasear nas próximas linhas.

O primeiro obstáculo elencado por ele é o fato de não termos uma visão da realidade da vida. Dito isso, Luiz Hanns nos faz entender que a vida é luta e luta o tempo todo, pois a todo instante estamos em guerra contra o ambiente em que estamos.

Temos que consumir alimentos e água cheios de química, pois de outra forma, não seriam purificados ou produzidos a uma escala que atenderia toda a população, calor e frio sem aviso prévio e com mudanças constantes, poluição de toda ordem, relações interpessoais e profissionais muito indiferentes, muitas vezes, é claro que nem todos mundo são assim, mas são tantos reveses que nos sobreveem que quando paramos para pensar bem detidamente, descobrimos que temos muito a nos adaptar e readaptar sempre. E evidentemente que tudo isso nos traz consequências, por mais que tentemos buscar formas e meios mais tranquilos e saudáveis de vida.

Mas não acredita você que ter a consciência de que a vida não é fácil e que o prognóstico é que ficará cada vez mais desafiadora pode fazer com que tenhamos um senso de realidade que nos doará motivos a mais de continuar na batalha?

O segundo obstáculo seria equilibrar o prazer e o desprazer, pois os dois estão juntos em todas as nossas ações. Não existe uma vida de felicidade se não houver o desprazer participando. Um exemplo pode ser uma saída até a praia. É uma alegria o nado, o sol, o jogo na areia, mas na volta o desconforto da exposição ao sol te acompanhará por alguns dias, sem falar no cansaço, típico não só desta, mas de todas as saídas que empreendemos quando queremos ter um momento de lazer com a família ou com amigos.

O terceiro obstáculo é encarar o princípio da realidade. Boa parte de nossa vida, sejamos sinceros, passamos fazendo o que não gostaríamos de estar fazendo e a mínima parte realizando o que nos dá prazer, ou seja, é triste, mas devemos encarar os fatos para não vivermos em uma eterna sensação de frustração.

O quarto e último obstáculo é o lidar com o outro. Este é responsável por quase todos os momentos angustiantes e difíceis que podemos ter. O que esperamos do próximo, muitas vezes não recebemos e vivenciamos desalentosas expectativas, e vice e versa. Mas nem sempre é assim. Nosso outrem também pode ser fonte de alegria e satisfação e quando isso acontece precisamos validar e considerar.

Acredito, que despois de todos estes ditos, que a grande pergunta seja: o que eu posso fazer, diante de todos estes saberes cheios de realidade, para poder ter um estar no mundo mais significativo?  

Um fortíssimo abraço para você. Até a próxima!

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