CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Empatia
Muitos
confundem empatia com simpatia. Vamos analisar a diferença? Patia é uma palavra que vem do grego e
em português geralmente traduzimos como emoção. O sim, prefixo da palavra simpatia, significa sentir junto, ou seja,
quando somos simpáticos, estamos sentindo junto com a outra pessoa.
No
caso da empatia, o em que prefixa o
vocábulo, significa sentir mesmo não tendo a mesma vibração da pessoa. Ou seja,
a empatia é um exercício que requer bastante esforço cerebral, por isso é mais
difícil de ser exercida.
Existem
dois tipos de empatia. A primeira dela é chamada de empatia contagiosa. Esta tanto humanos quanto animais a possuem.
Ela é automática e não requer esforço. Um bom exemplo é quando você ouve alguém
contar um relato de um acidente que sofreu e você faz caras e bocas indicando
que está sentindo como a pessoa sentiu, você está se identificando com esta
empatia denominada de contagiosa.
A
outra é chamada de empatia cognitiva,
que existe somente em humanos. Este tipo pode ser aprendido, treinado. E como aprender
e exercitar a empatia cognitiva sabendo que ela é importante? E entendendo que
ser empático é mais que relevante em nossos tempos, por ser a empatia a ponte
entre o egoísmo e o altruísmo?
O
primeiro passo é ter autoempatia. Um
bom exemplo é pensarmos em alguém que passou por uma situação embaraçosa e
fomos gentis e amáveis, indicando bons caminhos a esta pessoa e dando forças
para que ela possa conseguir seguir em frente. Por que não conseguimos ser
assim conosco também?
O
segundo passo é sermos genuínos.
Temos o cérebro emocional que filtra tudo o que ouvimos, as experiências que
vivenciamos, os filmes que vemos, só para dar alguns exemplos. Isso nos
capacita a sermos detectores da chamada pseudoempatia. Não adianta fingirmos
ser empáticos. Em um momento ou outro meu próximo descobrirá que não é um
sentimento real.
Também
não podemos esquecer dos neurônios espelho. Estes também nos ajudam a sentir a emoção
da pessoa, do momento ou/e do lugar e a detectar o que não é real quando se
tenta mostrar como tal.
O
terceiro passo é nos permitir viver novas narrativas, novas experiências.
Apesar de nosso cérebro gostar da estabilidade, é na diversidade de vivências
que ele se desenvolve mais saudavelmente. Viva um dia na praia, corra com um
familiar, visite alguém que não vê há muito tempo, jogue bola, vôlei, ande de
bicicleta com um amigo. Viva!
Um
fortíssimo abraço para você. Até a próxima!
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