CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Retomando o controle da situação
O
caos em que estamos vivendo tem nos preocupado de tal forma que, muitas vezes,
perdemos o rumo. Tudo está tão difícil de manejar, porque não há descanso nem
para pensarmos que, a maioria de nós estamos agindo no impulso, sem muito
planejamento.
Muitas
vezes conversando com analisandos no setting
analítico, percebemos que há uma busca frenética por respostas à situações que
são muito desafiadoras.
A
verdade é que não existem respostas prontas quando estamos falando do imponderável
que é o ser humano. Cada história é uma e, mesmo que lidemos com analisandos
que possuem o mesmo diagnóstico psiquiátrico, certamente os manejos e conduções
serão distintos.
Precisamos
entender um conceito: a maioria de nossas atitudes são balizadas por nosso
inconsciente, por isso, muitas vezes, não temos controle, ou não conseguimos
entender o porquê que o contexto se apresenta como tal.
E é
difícil de mensurar, porque no inconsciente tem recalcadas situações desde que
éramos um embrião, ou melhor, antes disso, como relata Joana Wilheim.
O
que tudo isso tem a nos dizer?
É
que para retomarmos o controle da situação precisamos trazer à consciência este
material inconsciente.
E
como fazer isso?
Não
tem outro caminho que não seja pela análise. Diante de um analista, vou sendo
provocado a trazer à baila vivências que marcaram, que me regem e que, na
maioria das vezes não conseguimos lembrar, mas que são extremamente importantes
para que eu possa compreender o porquê que ajo de maneiras não muito agradáveis,
ou mesmo porque sinto dores de cabeça, ou dor no peito, ou palpitações no
coração ou enxaquecas e uma série de males que não me permitem ter uma vida
significativa.
Quando
o que está inconsciente se torna consciente tomo o controle da situação. Posso
fazer este exercício de autoconhecimento sozinho? Sim, isso é muito importante;
mas pode demorar mais e a censura do consciente pode atrapalhar o processo. O
caminho mais rápido e mais acertado é estar diante de um analista.
Um
fortíssimo abraço para você. Até a próxima!
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