CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
Falar em público não precisa ser sempre assustador
Falar
em público, segundo uma pesquisa realizada em 2015 nos Estados Unidos e no
Reino Unido, é mais assustador que águas profundas, aranha, espaços apertados,
avião e outros horrores potenciais.
Basicamente
todos nós já passamos por uma ou mais experiências de termos que enfrentar um
grupo de pessoas para fazer uma reunião, apresentar um trabalho de faculdade,
fazer preleções na igreja ou qualquer contexto que nos incite a ter que
dissertar para mais de uma pessoa.
Por
mais preparados que possamos nos encontrar, tais experiências são sempre
constrangedoras ou muitas vezes, assustadoras. Saber que seremos ouvidos,
avaliados e julgados não é uma tarefa fácil. Mas se temos tais sentimentos, devemos
saber que eles existem a muito tempo em nós.
O
psicanalista Alfred Adler deixou escrito que toda criança desenvolve um
complexo de inferioridade e, por causa disso, todos desenvolvemos uma aptidão
para corrermos atrás do sucesso. Assim nos sentiremos fortes, superiores e
completos.
Evidentemente
que as ideias de Adler estão muito atreladas à sua história de vida. Ele foi
uma criança muito doente, frágil, logo precisava muito de apoio constante.
Todavia
para além da inferioridade natural que o psicanalista percebeu que todos nós
passamos, se você foi uma criança julgada, cujo desempenho era sempre
insatisfatório, certamente criou um falso self,
que dificultará muito seu entendimento de quem de fato você é. A única
conclusão possível é de que você era um inútil e, este conceito, se não for
levado para a análise para ser elaborado, pode acompanha-lo até o final da
existência. Conclusão? Seremos pessoas que terá muita dificuldade em falar em
público.
Mas
nem tudo está perdido. Como já foi relatado, conversar com um profissional pode
ser um caminho interessante para se entender se de fato o conceito Adleriano
tem relevância em sua vida.
Outro
recurso é admitir que todos cometem falhas e que são estas que nos fazem
aprender. De que outra forma obteremos crescimento pessoal se não for por meio
de falhas?
Olhar
de maneira positiva para algo que nos constrange por acharmos ser negativa com
certeza diminuirá em muito nosso receio de falar para muitas pessoas.
Gosto
muito de uma frase criada por um professor de atenção plena chamado Jon Kabat
que diz: “Dê a si mesmo a permissão para deixar que este momento seja
exatamente como é, e permita ser exatamente como você é”. Fica aí a dica.
Um fortíssimo abraço para você. Até a próxima!
Quando entrei na faculdade, tardiamente, entrava em panico nas apesentacoes, ficava vermelha desde o peito. Aos poucos aprendi a dominar meu medo a partir do preparo e dominio do assunto e descobri que eu era uma professora de verdade. Venci minha inseguranca gracas aos meus professores e colegas, como vc, Eduardo.
ResponderExcluirMeu nome e Vanda Luiza de Souza Netto.
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