SAÚDE TOTAL
Filhos e pais em tempos difíceis
Nossas
crianças e adolescentes vivem dias difíceis. Um estudo feito na pandemia indica
que uma a cada quatro crianças tem depressão ou ansiedade. Esta pesquisa foi
realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que
acompanhou 7 mil crianças e adolescentes em 2020. Tal estudo foi postado no g1
oeste-sudoeste.
Ditos
como este nos alertam, pais, professores e cuidadores para um vigilância
significativa, uma vez que estas crianças e adolescentes precisarão de uma rede
de apoio significativa para conseguirem lidar com tudo o que está acontecendo ao
redor delas e que as atingem em menor ou maior grau.
Neste
caso, toda ajuda é necessária e bem-vinda, todavia o apoio dos pais, que é o
núcleo mais próximo e mais constante com estas crianças e adolescentes, se
torna mais que preponderante. Infelizmente, na realidade, nem sempre é assim.
Um
instituto de pesquisa tradicional de Londres chamado Sutton Trust, conduziu um estudo com 14 mil crianças de até 3 anos
de idade. O estudo apontou que 40% destas crianças não conseguem estabelecer um
vínculo de segurança e apoio emocional com seus pais.
Biologicamente
temos um sistema no cérebro que nos faz buscar proteção nos mais velhos. É por
isso que quando estamos em algum lugar com nossos filhos, quando eles se
acidentam ou coisa do tipo, eles correm ao nosso encontro buscando consolo.
Quando
este suporte lhes é negado, acontece o que pesquisadores como Daniel Siegel
denominam de pavor sem solução.
Consequentemente, a maioria das crianças que não encontram guarida nos braços
dos pais, serão candidatos a sentirem muita ansiedade quando jovens devido ao
desamparo vivenciado.
A
supressão deste apoio emocional da parte dos pais pode acarretar em
psicopatologias como a já citada ansiedade, comportamentos antissociais, fobia
social e um sentido de desamparo muito grande.
E o
que é mais preocupante é que o relacionamento com os pais, seja ele seguro ou
inseguro permanecerá inalterado em 75% dos casos, por até 4 gerações, ou seja,
uma negligência ou um relacionamento seguro e harmonioso pode ter suas
consequências até o seu bisneto.
Se
você tem dificuldade de manter uma conexão saudável com seu filho procure
entender o porquê que tal vínculo não está acontecendo.
Muitas
vezes são problemas que tivemos na infância que dificultam nossas ações no
presente, trazendo sofrimento para quem não tem nada a ver com a história.
Se
for difícil encontrar o motivo procure um profissional para te ajudar. Uma boa
análise fará bem a você e consequentemente a todos que o rodeiam.
Porém
não esqueçam de doar aos outros, especialmente aos de casa, todo o carinho
possível, todo apoio necessário. Em dias difíceis como estes, é tudo o que
estamos precisando para continuar a caminhada.
Um abraço fortíssimo para você!
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