SAÚDE TOTAL
Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha
Uma prática milenar
Quando
um ano se inicia mais que depressa organizamos sonhos e planos para alcança-los
durante os 365 dias que seguirão.
Não
é uma tarefa fácil uma vez que entendemos que a vida é regida pelos desejos que
nos movimentam a trilhar percursos nem sempre muito comuns ou possíveis.
Para
tanto, precisamos estar bem conosco mesmo, para que o pensar nos oriente a um
caminho que, mesmo com percalços, não nos traga sofrimentos desnecessários.
Uma
prática milenar, que traz muitos benefícios para todos os âmbitos da nossa
existência é uma boa dica para buscarmos um possível equilíbrio: a meditação.
Registros
pictográficos datados do ano de 1500 a.C já mostravam que esta prática era
exercida.
Dando
um salto temporal, a partir de 1960, em virtude de tensões políticas no
continente asiático, mestres orientais mudaram para o ocidente. Essa imigração
propiciou o aprendizado e a popularização da meditação ao mesmo tempo que os
estudos a respeito dos benefícios da prática começaram a crescer. É evidente
que de lá pra cá muitas mudanças aconteceram.
Com
os estudos houve uma propagação do método. Cientistas perceberam que a prática
tinha características específicas para suprir as necessidades do homem moderno,
pois trazia bem-estar e produtividade para este e, assim, aconteceu uma
desvinculação com a religiosidade.
Hoje
não pensa somente na meditação em que a pessoa senta de pernas cruzadas,
apoiando as mãos sobre os joelhos, fazendo um círculo com os dedos.
Entende-se no momento atual que a melhor
posição é aquela que deixa o praticante relaxado. A questão é ir testando até
encontrar a posição que é mais confortável para você.
O
importante é procurar um lugar agradável, com o máximo de silêncio possível e
que não haja interrupção. Também, a atividade pode ser iniciada em qualquer
período do dia.
A
meditação pode ter uma duração de 15 a 30 minutos, mas se for difícil manter
este alvo, inicialmente você pode começar com 5 a 10 minutos. Estudos indicam
que a regularidade é mais importante que a quantidade.
Ricardo
Piccinato (2019) relata que o praticante deve prestar atenção na respiração,
apenas observando sua entrada e saída. Não há necessidade de regulá-la, apenas
deixa-la fluir. Respirar de maneira correta, além de ajudar a regular a
ansiedade, relaxa.
Um
mito que temos quando queremos meditar é pensar que temos que silenciar nossa
mente durante a prática. Nada disso. Meditação não é significado de mente
vazia. Nossos pensamentos fluem. São mais de 60 mil por dia. Não param.
Todavia
não podemos deixar que os pensamentos desviem nossa atenção. Para tanto, quando
isso acontecer, devemos fazer um exercício de respiração (no youtube tem muitos
vídeos que orientam a esse respeito) e retornar suavemente para aquilo que
queremos focar.
No
final da sessão, é importante que voltemos nossa atenção para nosso corpo e, em
seguida para o espaço ao nosso redor. Mexer o corpo, pernas, braços, dedos, de
maneira suave. Abra os olhos e se levante lentamente.
Na
próxima semana estaremos conversando mais a respeito dos tipos de meditação que
podemos fazer e dos benefícios que produzem.
Até
lá e um grande abraço para vocês.
Referência:
PICCINATO,
Ricardo. O poder da meditação. Bauru
– SP: Alto Astral, 2019.
Ótimo, tenho colocado mais em prática a meditação, achava que era só essas cheias de regras que vc citou, realmente a ignorância de não conhecer mais sobre nos priva de práticas maravilhosas que nos beneficiam, dá Tb para adequar de acordo com sua crença, fica fantástico ������������
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