SAÚDE MENTAL
Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha
Saúde e longevidade
Quando
o assunto é produzir um microbioma capaz de fazer com que nosso cérebro tenha
uma recarga significativa, para um melhor desenvolvimento, o que logo vem à mente
são os alimentos ricos em probióticos.
Alimentos
probióticos são ingredientes que as bactérias do intestino adoram comer.
Estima-se que a cada 100 gramas de alimentos probióticos são produzidos 30
gramas de bactérias. E por que estas bactérias são tão importantes?
Porque
elas transformam alimentos ricos em fibras, que na grande maioria nem são
digeríveis, em substratos para o próprio metabolismo.
Segundo
Perlmutter e Loberg (2015) “ao metabolizar esses alimentos normalmente não
digeríveis, as bactérias do intestino produzem os ácidos graxos de cadeia
curta, que nos ajudam a ficar saudáveis”. Também é produzido o ácido butírico
que melhora a saúde do revestimento intestinal.
Além
disso, o ácido graxo ajuda a regular o sódio no organismo e a absorção da água,
aumentando nossa capacidade de absorver o cálcio e outros importantes minerais.
Dizendo de forma prática, ele reduz o pH do intestino, diminuindo as bactérias
danosas, pois melhora as funções imunológicas.
Alguns
probióticos ocorrem naturalmente em alguns alimentos. São eles: chicória,
alcachofra, alho, cebolo, alho-poró, jicama e inhame selvagem.
Pesquisas
têm confirmado os efeitos positivos dos probióticos para a saúde. Por exemplo:
reduzem doenças febris, ajudam a reduzir os processos inflamatórios, auxiliam
na proteção contra o câncer de cólon, melhoram a absorção de alimentos, reduzem
os riscos de doenças cardiovasculares, proporcionam sensação de satisfação e
saciedade, previnem a obesidade e promovem perda de peso e reduzem a glicação,
um processo que aumenta os radicais livres, desenvolvendo processos inflamatórios.
Outra
dica importantíssima é o uso de água filtrada. É muito relevante que tenhamos
um filtro doméstico, uma vez que os filtros industriais, quando sujos, liberam
substâncias nocivas ao organismo.
E em
um mundo em que se alimentar tornou-se um prazer quase constante, fazer jejum
pode ser visto até como uma ofensa. Todavia, o jejum é muito recomendado para
quem quer ter corpo e mente saudáveis.
Perlmutter
e Loberg (2015) relatam que a via genética Nrf2 quando ativada, produz um forte
aumento da proteção antioxidante e na desintoxicação, assim como uma diminuição
nos processos inflamatórios. Segundo os autores, esta via genética também
produz um pertinente estímulo para o crescimento mitocondrial, que colabora
para o crescimento de novas células no cérebro. Essa via é ativada por meio do
jejum.
Precisamos
entender que o nosso microbioma é insondável e dinâmico. Muda o tempo todo, em
resposta as nossas experiências, ao ar que respiramos, as pessoas que
convivemos, os remédios que tomamos, os produtos que consumimos e até os
pensamentos que temos. Por isso é de suma importância que cuidemos de nosso
corpo, para que possamos ter saúde e também longevidade.
Um
grande abraço. Até a próxima semana.
Referência:
PERLMUTTER,
David e LOBERG, Kristin. Amigos da
mente. Trad. André Fontenelle. São Paulo: Paralela, 2015.
Formidável como sempre!
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