SAÚDE MENTAL


Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha


Foto de arquivo pessoal



Conhecimento de si

Sem hesitar eu sempre defendo, junto a meus analisandos, a tese do autoconhecimento, pois quando nos conhecemos aprendemos a lidar melhor com a vida.

Esse conhecimento não tem a ver apenas com gostos, cores, sabores, amores, mas com o que eu sinto em relação a tudo isso.

Sendo assim, não podemos negar que vivemos em uma modernidade em que para termos reconhecimento, visibilidade e relacionamentos, precisamos lançar mão de muitas atitudes iguais a de todos que desejam alcançar o mesmo fim. O resultado é que nos tornamos endinheirados sem saúde, vivemos amores sem compromisso, temos móveis e imóveis sem paz e conseguimos um nome sem ética ou responsabilidade social.

Acresce que, mais do que resultados pessoais negativos também nossas ações têm um alcance social muito extenso. Se não tenho uma certeza de quem eu sou e para onde quero ir, posso ser qualquer coisa e chegar a qualquer lugar.

Ser sem ser, juntamente com o não saber onde chegar, afeta minha família nuclear, minha família por parte de pais, amigos, colegas de trabalho, enfim, todos os que estão ao meu redor, quer sejam próximos ou distantes.

Então se torna importante o conhecimento de si. E como consigo me autoconhecer? Problematizando muitos de meus anseios e ações. Já falamos isso aqui na coluna. Necessitamos entender o porquê que penso ou ajo de maneiras diversas para compreender o que estes pensamentos me farão ser e para onde poderão me levar. Não dá para viver a vida no automático. Não funciona por muito tempo. Traz angústia e não te deixa avançar.

Até aqui destaquei os aspectos psicológicos e sociais, mas têm os conhecimentos fisiológicos que muitos colaboram para que esse autoconhecimento aconteça.

Conhecendo meu corpo, me relaciono melhor comigo mesmo e com qualquer outro indivíduo. Passo a ver as diferenças que as pessoas têm em relação a mim como desafios e aumento meu olhar de aceitação e perdão.

O resultado? Uma vida mais tranquila, significativa, e rodeada de relações saudáveis e verdadeiras. Tudo o que realmente a gente mais quer, não é mesmo?

A partir das próximas postagens vou trazer alguns estudos que mostram as diferenças entre as pessoas que ampliarão nosso entendimento do que é viver em sociedade, tornando-a mais pacífica, mais justa e mais saudável.

 


1 Comentários

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  1. Kênia Bitarães Maciel18 de julho de 2021 às 12:25

    Aprendendo muito com os excelentes artigos do Eduardo!

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