Amor patológico

                                      


SAÚDE TOTAL

Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha

Amor patológico

O amor é uma necessidade básica de todo ser humano. Tal verdade é tão contundente que este sentimento é cantado, recitado, chorado, encenado, romanceado, ou seja, está presente em todas as situações da vida, sejam artísticas ou não.

Em uma canção escrita por Marina Lima, uma cantora brasileira muito conhecida, lemos o seguinte trecho: “Eu sei que o amor é bom demais, mas dói demais sentir”.

As palavras de Marina Lima na letra da música nos remete ao amor não correspondido. Será? Ou nos faz pensar no amor que é tão intenso, sufocante, que nos faz agir de maneiras não muito equilibradas?

Evidentemente que sabemos e sentimos que o amor vai amadurecendo na base em que vai se solidificando. Cresce com as experiências e novos conceitos.

Todavia, muitos de nós adentramos em relacionamentos dolorosos e destrutivos e que nos fazem sofrer e não vemos como nos desligar deles.

É certo que não existe uma maneira única de amar. Cada ser humano é único e lidar com os afetos também é muito individual, todavia se sofremos demasiadamente por algo que deveria nos fazer bem, é sinal de que não estamos entendendo como lidar com este sentimento.

E quando percebemos que não estamos no caminho certo do amar? Quando nosso foco é demasiado ao outro e esquecemos de nós mesmos. Quando nos afastamos de amigos e parentes, filhos, colegas de trabalho para focar nossa atenção somente no nosso objeto de amor.

E quando estamos vivendo um amor patológico, como devemos agir? Primeiramente precisamos ponderar: Por que estou agindo desta forma tão exagerada com meu parceiro(a) e esquecendo de todo o resto da minha vida? O que está me levando a agir assim?

Estas perguntas movimentarão a nossa mente para que busquemos o porquê de atitudes tão radicais e extremamente angustiantes.

As pessoas que agem movidas por um amor patológico geralmente têm baixa autoestima, intensos sentimentos de raiva por causa de algum abandono afetivo ou rejeição.

Se você se encaixa em algumas destas dicas deve continuar se questionando: Qual a origem deste sentimento que me acompanha e que me faz amar assim?

Devemos nos lembrar que sofrer por amor é natural em muitos momentos. As pessoas falham, todos nós, mas a questão é o que iremos fazer com este sofrimento, para que ele possa se tornar um degrau do nosso crescimento enquanto pessoa, e não em um obstáculo para nosso equilíbrio.

Um abraço fortíssimo em você!


2 Comentários

Sejam bem-vindos à Cellebriway.
A sua Revista Eletrônica

Postar um comentário

Sejam bem-vindos à Cellebriway.
A sua Revista Eletrônica

Postagem Anterior Próxima Postagem