SAÚDE TOTAL
Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha
A importância do sono
Não
temos como negar que com o surgimento da pandemia do Covid 19 nosso sono ficou
bastante disfuncional. Uma vez em casa, para cumprir o protocolo de segurança
proposto pelas autoridades médicas, nos vimos diante de uma situação nova e, a
ansiedade gerada por esta, fez com que muitos de nós alterássemos nossos ciclo
circadiano.
Todavia
precisamos atentar para o fato de que um sono de qualidade propicia para todos
nós uma qualidade de vida que sempre almejamos, pois além de aliviar o corpo do
cansaço do dia, promove a limpeza de nosso cérebro por meio das células glia.
As glias auxiliam os neurônios e promovem a limpeza cerebral que só acontece
quando estamos dormindo e a noite.
Não
podemos esquecer que a efetividade da melanina se dá quando dormimos. Esta é
antioxidante e anti-inflamatória, ou seja, se dormimos tarde, impedimos que se
realizem muitas funções extremamente importantes para o bom funcionamento
neurológico.
Também
é importante frisar que usar aparelhos como celulares e tablets antes de dormir
não é uma boa escolha para quem quer ter um sono de qualidade.
Foi
realizada e publicada uma pesquisa pelo periódico Chest que mostrou que crianças e jovens ao irem para a cama, ficam
mais de duas horas navegando na internet ou conversando com colegas. Atitudes
assim, potencializam o surgimento de transtornos do sono e transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade.
Porém,
quando valorizamos o sono, sentimos que este ato aumenta nossa resistência a
situações de estresse e fortalece nosso sistema imunológico, protegendo-nos de
doenças virais e bacterianas.
Ter
um bom sono também maximiza a ação dos hormônios do crescimento que faz com que
crianças e adolescentes cresçam e que adultos mantenham massa óssea e muscular.
Sem
falar que para pacientes ansiosos um remédio essencial é dormir pelo menos de 7
a 8 horas por noite.
Leandro
Teles preconiza que quando nosso cérebro está cansado por falta de um sono
reparador tendemos a ficar mais tensos, irritados e sujeitos ao erro.
“Cronicamente,
noites desestruturadas exacerbam o risco de doenças como os transtornos
ansiosos e depressivos, pois são típicas do desarranjo na capacidade cerebral
de quantificar risco e extrair prazer”, alerta Leandro Teles (2018, p. 168).
E
agora? Acredito que precisamos repensar nossos hábitos de sono para assim
termos uma qualidade de vida melhor e nosso estar no mundo ser mais tranquilo.
Um
abraço fortíssimo em você!
REFERÊNCIA:
TELES,
Leandro. O cérebro ansioso. São
Paulo: Alaúde Editorial, 2018.
Postar um comentário
Sejam bem-vindos à Cellebriway.
A sua Revista Eletrônica