SAÚDE MENTAL


Conversas psicanalíticas com o Dr. Eduardo Baunilha


Foto de arquivo pessoal



Diferenças entre os gêneros

Conhecer como funciona nosso corpo é extremamente relevante para compreendermos que nosso estar no mundo pode ser muito mais leve que imaginamos. Também saber como as funções corporais do outro ser, de gênero diferente, funciona pode tornar nossas relações bem mais possíveis, respeitáveis e duradouras.

Então vamos destacar algumas diferenças que podem ser interessantes para contribuir com nossas relações interpessoais.

A primeira delas que destaco é que o bulbo olfatório das mulheres têm mais células que o dos homens. As mulheres tem 16,2 milhões de células, em média, em comparação com os 9,2 milhões de células nos homens. Ou seja, as mulheres têm uma capacidade olfativa muito superior. Tal constatação pode ser um alerta tanto para os homens quanto para as mulheres. Por quê?

Porque se em um encontro o homem tiver um odor não muito agradável, a mulher pode não responder muito positivamente às suas investidas, deixando-o na mão. Claro, se este for um requisito importante para ela.

Quanto às mulheres pedir ao companheiro para vigiar uma comida no fogo pode ser perigoso. Se ele não estiver muito perto e alerta, o alimento pode queimar e ele mal sentir o cheiro de queimado, ou senti-lo quando este estiver muito forte, sem chance de salvar o almoço ou o jantar.

Você sabia que meninas e mulheres são, em média, mais sensíveis aos sons do que meninos e homens da mesma idade? Leonard Sax, Phd em Psicologia, relata que atendeu um pai com uma filha que reclamava que ele aumentava muito a voz quando falava com ela. O pai refutava a afirmação da menina dizendo que nunca havia feito tal coisa.

O pesquisador chegou à conclusão de que o volume da voz do pai agredia os ouvidos da filha, mesmo sem ele ter esta intenção, por serem mais sensíveis do que ele imaginava.

Essa experiência confirmou o que Leonard Sax havia estudado e contribuiu para ajudar muitos professores a organizarem melhor suas classes, colocando as meninas mais distantes e os meninos mais próximos deles.

Lizette Peterson e seus colaboradores, na Universidade do Missouri, criaram um videogame no qual pedalavam uma bicicleta ergométrica enquanto um vídeo interativo era exibido na tela. A cena era tão real que quando uma criança passava por uma árvore, abaixava a cabeça com medo de ser atingida. Então, em determinado trecho do caminho apareciam situações mais perigosas. Numa delas, um carro vinha em direção oposta, sem controle, prestes a acertar a criança de frente.

Os pesquisadores queriam constatar a rapidez das crianças em frear a bicicleta. Sabe o que descobriram? Que as meninas freavam mais rápido que os meninos. Motivadas pelo medo, as meninas tinham uma resposta mais rápida diante do perigo. Todavia, os meninos gostavam da ideia da possibilidade da colisão. Ou seja, meninos têm mais chances de sofrerem acidentes por sentirem prazer em se envolverem em atividades perigosas. Outro exemplo é que pesquisadores da Universidade de Boston descobriram que a maioria das pessoas que são vítimas de afogamento são do sexo masculino.

Da mesma forma, epidemiologistas da Universidade de Pittsburgh descobriram que homens têm uma probabilidade maior de morrer em tempestades elétricas do que as mulheres. Preste atenção: se a tempestade fez com que uma enchente bloqueasse a estrada, uma mulher certamente procurará outro caminho para prosseguir. O homem, por sua vez, enfrenta a água. O que parece é que o homem superestima suas habilidades sentindo-se tentado a subestimar os riscos que podem sobrevir deste enfrentamento.

E aí, gostaram de conhecer ou relembrarem estas diferenças entre os gêneros? No próximo artigo vou continuar falando de mais algumas. Um grande abraço para vocês.


2 Comentários

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  1. Kênia Bitarães Maciel25 de julho de 2021 às 13:46

    Interessante demais! Adorei o artigo!

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  2. Achei muito interessante o conteúdo. É muito importante conhecer as limitações humanas para que possamos estabelecer laços mais fortes.

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